quarta-feira, 29 de agosto de 2012


Vida, fé, resultado, felicidade... No que? Pra que? Por que? Não me importo.
Você passa a sua vida acreditando que seu sucesso só depende de sua boa vontade, se seu empenho, de seus estudos, mas a foice da realidade vem sem misericórdia (enferrujada ainda por cima). Não basta amputar as pernas, tem também que ir degenerando nervo por nervo, a condição humana.
Não há nada que pode te salvar. Nem você mesmo. "Para morrer basta estar vivo", diz o ditado. O que vem depois disso não me interessa. Acho mais digno do paraíso aquele que se comporta de acordo a seu caráter, personalidade e vontades de coração, do que aquele que faz o bem lutando contra sua natureza. Paraíso. Inferno. O nada absoluto. Não me interessa.
Não são essas coisas que te fazem alguém melhor. Não é o conhecimento em demasia que te faz alguém melhor. Nada vai fazer você melhor que qualquer coisa. A única coisa que você pode ser, e não tem opção é você mesmo. E se cresceu ouvindo que você especial, sinto muito. Pois não é. Ninguém é.
No final, somos apenas um evento que ocorre durante um certo período de tempo em que sentimos passar linearmente.
Não passar vontade. Fazer algo novo quando possível. Não julgar sem experimentar ou saber sobre. É muito mais fácil desrespeitar e ser castrador do que respeitar e incentivar. Afinal sua percepção é a medida de todas as coisas.
Todos temos um pouco de Hitler dentro de nós, só temos vergonha de reconhecer.
Eu... Deixei de me importar...

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Confundi tudo...E aprendi mais um pouco...

É duro ter que aprender algumas coisas levando pancada.

Cometi meus erros, infelizmente depois de ter feito minha parte para que desse errado.

Confundi demonstrar confiança com inspirar confiança, e acabei criando uma imagem própria que foi considerada como algo a ser conquistado, e não alguém que estava ao seu lado.

Confundi silêncio com imparcialidade, sendo que na verdade silêncio também é o espaço deixado para que o outro preencha, e se sinta acolhido.

Confundi incertezas com ameaças, e não as vi como algo que simplesmente existem em qualquer lugar da nossa vida, e que na verdade, não temos certeza de nada, e que a vida vai vir com dois pés no seu peito pra te mostrar isso se for preciso.

Aprendi que falar é prata, e silêncio é ouro. Aprendi que pra conquistar é preciso falar, mas só no final entendi que pra manter é preciso calar.

Aprendi que é sim possível amar a alguém, não mais que a si mesmo, mas na medida certa, e fazer por amor muito mais do que a gente pensa ser capaz. E ter a certeza de fazer isso sem esperar aprovação, sem esperar agradecimentos, sem esperar retorno, mas simplesmente porque é o necessário para estar do lado da pessoa amada.

Aprendi que as palavras e verdades podem ser passageiras e efêmeras como os segundos. E que tudo pode mudar de uma hora pra outra. E que devemos dar a elas seu tempo, e a ela seu tempo.

Aprendi que mesmo quando acreditamos estar fazendo tudo certo, é bom parar e prestar atenção a volta. E que não adianta perguntar sobre isso, pois nem sempre a outra pessoa pode ter consciência de que não está também.

Aprendi que amar alguém é muito mais fácil e muito mais gratificante do que imaginava, e que a melhor coisa é ver o sorriso de quem se ama, sentir o abraço, sentir o carinho, dar risadas juntos, conseguir conversar horas por qualquer besteira, conseguir ficar em silencio e sentir os olhares tornando-se um só, fazer amor e sentir-se dois em um.

Mas a vida podia ter sido mais amena dessa vez. Não é justo sofrer de amor. Não é justo isso ter acontecido. Não é...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

“Olho por olho vai acabar deixando a humanidade cega” Gandhi

É comum ouvirmos no nosso dia a dia: “tal pessoa nos deixou p*** da vida, mas deixa que ele/a vai ver só”, e coisas do gênero.

No geral, pelo senso comum, sabemos que pensamentos e atitudes assim não levam a nada, e que “violência (de qualquer natureza) só gera mais violência”.

O fato é que nem sempre estamos em perfeito estado de equilíbrio, e muitas vezes acabamos reagindo, ao invés de agir, frente as situações de estresse que somos acometidos.

Descontamos nossa indignação nos atendentes dos “atendimentos aos clientes”, que muitas vezes são prestadores de serviços de uma empresa terceirizada, e não são eles que prestam o serviço do qual vamos reclamar. Descontamos em nossos pais ou qualquer pessoa que more com a gente, quando chegamos a noite cansados do trabalho e a única coisa que pensamos é em descansar e não queremos que torrem nosso saco. Dentre outras inúmeras possibilidades.

Nisso, acabamos agindo com a máxima do “olho por olho e dente por dente”, e muitas vezes, acabamos por cegar ou arrancar dentes das pessoas que não necessariamente nos causaram o “mal” do qual sofremos.

Se agir dessa forma contra quem nos causou tal “dano” já é errado, projetar isso em outros é pior ainda. “Um erro não justifica outro.” E nada justifica um erro. Principalmente quando magoamos a quem queremos tanto o bem.

Cometi um erro há quase uma semana. Sei que, no mais, está tudo resolvido, porém a ideia de eu ter feito alguém sofrer por ter reagido, ao invés de respirar e agir conscientemente, me feriu. Errei. Assumo. Aceito as conseqüências. E não vou buscar justificar isso de qualquer forma. As únicas coisas que pude fazer foi me arrepender e me comprometer a melhorar isso em mim.

É muito fácil dizermos e fazermos o que não devemos simplesmente por reação. Mas acredito que temos a possibilidade de irmos aprendendo com o tempo, agir mais e reagir menos às situações. Só precisamos de paciência. Paciência e vontade de aprender com nossos erros. E ter a sorte de que as pessoas que estão mais próximas, sejam pacientes também. Pois quanto mais próximo, e maior o contato, maior é a chance de errarmos. De novo, isso não é justificativa para nada, apenas estatística.

... Reflexão pessoal demais...

domingo, 17 de julho de 2011

Entropia

A entropia (do grego εντροπία, entropía) é uma grandeza termodinâmica que aparece geralmente associada ao que se denomina, não em senso comum, de "grau de desordem" de um sistema termodinâmico. Em acordo com a segunda lei da termodinâmica, trabalho pode ser completamente convertido em calor, mas calor não pode ser completamente convertido em trabalho. Com a entropia procura-se mensurar a parcela de energia que não pode mais ser transformada em trabalho em transformações termodinâmicas.

Conforme a gente fica mais velho a gente tende a sofrer mais entropia. De repente parece que o ano passa mais rápido, que as horas passam mais rápidos, e quando a gente pára pra prestar atenção, se dá conta que muita coisa acaba passando por despercebida.

Pois então eu criei algumas soluções práticas para tentar fugir da entropia.

1. Procurar fazer somente aquilo que me interesse, não perder tempo com o que eu considero bobagens.
2. Aprender a me interessar por coisas novas. Coisas novas estimulam nossa percepção sensorial, o que traz aquela sensação de "tempo passando mais devagar".
3. Se não me trouxer nada de novo, corto. Seja assunto, filme, livro, ou pessoa. Principalmente pessoas.
4. Fazer as coisas de corpo e alma: não tenho nada a perder, sempre penso que estou partindo do zero. No máximo vou aprender que não gosto daquilo, ou que não quero aquilo. Tem pessoas que tem medo de tomar esse tipo de atitude em relação aos amigos ou relacionamentos à sua volta, por acharem que vão ficar sozinhos. Ficar sozinho é bom, aprendemos a nos valorizar, e melhor aprendemos a valorizar o outro na medida certa.
5. Parar de reclamar. Isso não muda nada, e só enche o saco dos outros.

Possíveis problemas que isso pode trazer:

* Muita praticidade leva a intolerância.
* Falta de paciência pra "cú doce". Quer mudar algo, faça. Quer dizer algo, diga. "Geralmente as coisas mais difíceis pra dizer ou fazer são as mais importantes."

Talvez isso pareça racional demais, mas não é. Não pra quem entende que mente e coração tem que andar lado a lado. Se a mente é mais forte isso gera frieza, e se o coração for mais forte, gera impulsividade e inconstância.


terça-feira, 9 de março de 2010

And the oscar goes to...

Premiações, dia internacional da mulher, terremotos, fim do segundo dilúvio (ou uma pequena trégua), um pedaço de gelo do tamanho da cidade de São Paulo vagando pelos oceanos... Passado algum tempo desde último texto, e com tanto "pano na manga" para escrever algo em qualquer formato e tamanho, talvez seja um bom momento para um texto diferente (do meu "estilo" - não encontrei definição melhor, enfim-).

Mas sensacionalismos e fofocas a parte, hoje vou falar um pouco sobre sustentabilidade. Começando pela definição do termo:

Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.

Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais.

A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro.

peguei da wikipedia (sei que não é a melhor fonte, mas estou aqui pra que vcs discordem mesmo.).

Complementando, não há como ter uma atitude sustentável sem pensar em "agir localmente e pensar globalmente", outra máxima que está em moda ultimamente. E por incrível que pareça, podemos começar isso com o mínimo possível. Comer verduras, jogar lixo no lixo, passar protetor solar, andar de bicicleta... hmmm... (alguém já disse que se formos de bicicleta ao invés de carro poluímos menos, e podemos economizar o dinheiro da SuperBodyFitGymAndBlergh)... Mas isso são tudo coisas superficiais, ou coisas que alguém diz ter lido num livro do Stephen King ou em algum episódio das famosas Soap Operas.

Falando nisso (ou como preferir: "Look down...") tenho pensado em fazer um videoblog, mas ainda está em estudo ("...look back again, the tickets are now diamonds!") - citação de comercial do Old Spice.

Ler livros também pode ser uma atitude sustentável (apesar de pra livros serem feitos, precisamos derrubar árvores... né?). Dê um abraço em quem vc gosta (é comprovado que dar e receber abraços libera hormonios que nos deixam mais felizes, por assim dizer), fazer uma piada, dar uma festa (SEM COPOS DESCARTÁVEIS\recicláveis - contra argumento: mas pra se lavar um copo se gasta a mesma quantidade de água que cabe nele; Recontra argumento: o plástico e qualquer outro material reciclável precisa estar limpo antes de ser reciclado ¬¬.)

"Mas tio Erick, onde vc quer chegar com isso? O que parte disso tem a ver com sustentabilidade?"

Agir localmente e pensar globalmente. Se vc age de acordo a garantir um crescimento e "sobrevivência" pessoal de boa qualidade, vc acaba tornando-se alguém que age mais próximo de uma maneira sustentável. Aprender a pensar e a pesar medidas e valores está completamente relacionado a isso. Se os animais que tem um intelecto bem menos desenvolvidos que o nosso agem dessa forma, pq nós não?

Tantas atitudes são tomadas sem pensar nas consequencias de fato reais que vão acarretar. (Pra quem não assistiu o filme Idiocracy (2006 Mike Judge) vale a pena, é uma comédia que trata desse assunto) Que eu acredito que basta a gente aprender a utilizar um pouco dessa capacidade que muita coisa pode ser resolvida.

Então aqui vai o desafio: Enumere 3, apenas 3 coisas que vc pode fazer para ter uma vida mais sustentável e ecológica. Pode ser a menor coisa possível, mas que vc a faça. Podem deixar de reply nesse post.

Quem sabe a gente pode ganhar um Oscar com isso.

PS.: primeiro texto de "nova cara" que faço, os próximos serão melhores, eu prometo.

Cambio.


quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Eita mundinho...

Ultimamente tenho olhado concursos e propostas de emprego para área de educação, e aí a gente se depara com como o sistema funciona. Vamos falar em dinheiro, do ponto de vista mais cru possível.

Professor de Educação Infantil: entre 6 a 8 reais hora\aula
Professor de Ensino Fundamental: entre 8 a 15 reais hora\aula
professor de Ensino Médio: entre 13 a 18 reais hora\aula
Professor de Ensino Superior: (ter a sorte de trabalhar em algum lugar bom)

Na sociedade atual, temos por trabalha menos valorizado, aquele que precisa-se de menos especialização (em português claro, mais fácil) para fazer. Absurdo número 1.

Assim, temos que dar aula para pessoas mais jovens é mais fácil. Esse é o consenso, ou o senso comum em qual nossa sociedade e política brasileira estão alicerçados.
Cada faixa etária tem suas próprias problemáticas. Técnicas específicas são necessárias pra todas. O salário do educador devia ser um salário para o educador, e não de acordo com onde e pra quem ele dá aula. Afinal a educação é um problema de todos.

Agora vamos pra outras áreas. Faxineiras, garis, carteiros, entre outras atividades que possuem uma entropia grande, ou seja, coisas que precisam ser "refeitas" com mais frequencia, que se desgastam mais rapidamente.
Também são áreas nada valorizadas, e com certeza essas pessoas trabalham muito mais que outras. Essas sim deveriam ser áreas bem pagas. Afinal, quando vc chega pra trabalhar no seu escritório, e ele está limpo e cheiroso, em condições para que vc possa se concentrar para fazer seu trabalho em certas condições de higiene, foi por que alguem deixou ele assim, ou seja, essa pessoa está contribuindo diretamente para que vc tenha seu melhor rendimento e ganhe mais dinheiro. Então, pq essas pessoas não recebem participação nos lucros das empresas no final do ano, ou se recebem são contribuições miseráveis?
E ainda tem pessoas que desrespeitam com um preconceito velado (ou televisionado*) tais profissões, mas não tem a capacidade de quando visitam a própria mãe lavar o copo que usou pra tomar água.

Faz uns 2 anos que li o livro "Ponto de Mutação" de Capra F. Lá ele trata desse tipo de coisa entre outras mais. E fico triste em saber que tantas pessoas leêm esses tipos de livros só pra poder fazer exibicionismo cultural ao invés de absorver algo.

Na verdade, esse tipo de informação está em todo lugar, não é preciso ler um livro ou ir a uma palestra, ou pagar um curso pra ter noção de que "Aaah, é por isso que é importante lavar as mãos após ir ao banheiro..." ou " Aaaah, se eu jogo lixo na rua, ele entope tudo, a água não vaza e minha casa vai pro saco..." ou " Aaaah, o lugar preferencial no onibus é pq tem pessoas que nao aguentam ficar de pé, mas e se tiver lotado e mais pessoas que nao aguentam ficar em pé do que os lugares preferenciais, o que eu faço?"

Vivemos de um modo que somos treinados a não sermos afetados pelo mundo a nossa volta. Cada vez mais máquina, cada vez menos gente, por dentro e por fora...

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Post de natal e ano novo.

É rapaziada, mais um vai se indo e mais um vai se vindo. Ultimo semestre de faculdade, últimas horas de estágio, últimas chances.
Estou de férias e o cansaço não passa... As vezes acho que tenho menos cabelos aqui desse lado... Ou um pouco de força pra andar pelas ruas aqui perto de casa... O fato é que falta algo...
Passei um ano sentindo isso, e infelizmente não é a falta do clichê da "cara metade", isso se resolve mais fácil do que parece. Não que seja fácil, nem banal, mas é algo que aparece, acontece e ponto. Nada para se esquentar a cabeça.
Meus planos começaram a ser feitos não mais a partir dos sonhos, mas pelas necessidades, e aprender a encarar isso não é nada cômodo.
Tenho alguns amigos mais novos, e é incrível como os problemas que a gente passa estão mto relacionados a idade, vida profissional, emocional e etc... Cada ano que passa a gente entende um pouquinho mais o que a senhora maturidade tem a nos ensinar, ou a nos atrapalhar (será que um dia eu vou entender ela.) acho que a gente não adquiri maturidade, a gente aprende com ela. Faz parte da natureza e da vida.
Hmm. Tornamos a vida tão mais complexa. Se pensarmos em comunidades tribais, e a nossa que é urbana, a diferença é a complexidade. Tornamos o mundo complexo pra fugir do natural, e isso vai matar a todos nós. Fluxo de informações continuos, imagens, sons, ruídos, sensações, cheiros, tudo poluído. É isso mesmo que a gente quer??? eu não quero. Mas não quero dar uma de fujão, nem uma de complascente sem opinião própria e simplesmente aceitar. E é nesse ponto que dá pau. Mas isso deixo pra um outro post.
Foco Erick, foco.

Foco? se fosse o marido da foca seria mais facil de resolver isso, bastava olhar o sexo do bicho e pronto...

É isso que falta, foco. O foco dos sonhos está cada vez mais embassado, cada vez mais turvo, cada vez mais inviável. E encarar a necessidade de pegar um desvio para, talvez, mto talvez chegar a eles é que não é facil

Então a solução é mudar o foco, sem perder o foco pra não sair do foco e se perder num limbo qualquer. Quer dizer.. talvez seja.. mas vai ser daquelas coisas que a gente só descobre depois de fazer...

Fato é, o foco se tornou de viver uma vida sem arrependimentos. Não sei se é o melhor caminho, e nem acho que deveria ser um caminho. Mas sempre chega um momento em que a gente precisa fazer algumas escolhas, e a anterior não tem me feito nada feliz, so, let's try a different one.

O prazo de validade vai chegar logo.